04 jan Falta de insumos na indústria deve ser normalizada ao longo de 2022
Desde o início da pandemia, a falta e o alto preço das matérias-primas nacionais e importadas tem sido um grave problema para o setor produtivo, inclusive para o segmento de plástico de engenharia.
Segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), as dificuldades de abastecimento de insumos afetaram em média 68% das empresas das indústrias extrativa e de construção, em outubro de 2021.
Apesar da ligeira queda em comparação com fevereiro do mesmo ano, quando 73% das empresas relataram o problema, a situação segue complicada e mais da metade das indústrias avalia que esse desajuste só terá fim a partir de abril de 2022.
A obtenção de insumos está dificultada principalmente por três fatores: existe um buraco na produção industrial que ainda não foi resolvido, a expansão da demanda global segue aquecida com a retomada das economias e, por causa dos obstáculos impostos pela pandemia, o custo de logística segue elevado.
Diversas indústrias que dependem diretamente de insumos importados relatam que, mesmo em negociações com o valor acima do habitual, a disponibilidade de matéria-prima continua escassa, o que acaba por impactar no preço final da produção. Dentre os setores mais afetados estão o farmacêutico (88%), máquinas e materiais elétricos (86%), vestuário (85%) e material plástico (84%).
O reaquecimento da construção civil deve impulsionar também o setor plástico, e a expectativa para 2022 é que a situação seja totalmente normalizada, segundo 88% das empresas ouvidas na pesquisa, enquanto 9% delas acreditam que isso só deva ocorrer em 2023.
Fonte: Portal da Indústria